Uma breve reflexão sobre crianças “SER”es “PENSA”ntes e “APRENDE”ntes
Educadores e pesquisadores de todo lado vêm buscando formas de trabalhar crianças com Necessidades Educativas Especiais nas escolas regulares. As escolas regulares, formadas à anos e anos atrás por educadores e pesquisadores, não estão preparadas para aceitar “crianças/alunos/especiais”. Falo “crianças/alunos/especiais”, pois penso que são substantivos bem diferentes. Alunos podem ter todas as idades: crianças, adolescentes, adultos e até idosos; mas nem todas as crianças podem estudar em escola regulares. Para estudar nas escolas regulares devem ser “alunos”. Sim! Alunos - indivíduos, pequenos ou grandes, mas que têm facilidade de desenvolver-se no sistema educacional criado e padronizado para obter sucesso escolar. Os professores, por sua vez, não podem receber as “crianças/especiais”, ou seja, crianças com N.E.E., pois fazem parte do mesmo sistema educacional dos educadores e pesquisadores que sistematizaram e padronizaram o ensino para as pessoas ditas “normais” e conservam tal atitude.
As “crianças/alunos” podem freqüentar as escolas; já as “crianças/especiais” devem freqüentar outro espaço, feito só para elas, com recursos especiais, chamadas “escolas especiais” ou “para especiais”. “Crianças/especiais” não podem freqüentar a escola para “crianças/alunos”. As “crianças/especiais” são crianças com Necessidades Educativas Especiais, assim, precisam de um espaço com recursos educativos especiais certo? Não! Errado! Todo esse jogo de palavras acima, servem apenas, para exemplificar que conceituar faz com que as pessoas e as coisas fiquem enquadradas num padrão sistemático e sem flexibilidade. Hoje as crianças são classificadas e rotuladas, “normais”, “especiais”, “autistas”, “deficientes mentais”, “físicos” ou “emocionais”. Deixaram de ser apenas “crianças”. Crianças, seres curiosos que estão sempre observando ou manuseando algo para perceber e para sentir o ambiente; explorando o desconhecido, perguntando, vibrando com descobertas e ações, sentindo as frustrações e alívios... Crianças, vivenciando o meio, interagindo, desenvolvendo suas habilidades, conhecendo as suas limitações... Simplesmente crianças. Que, curiosas, aprendem, não fazem diferença de pessoas, não têm pré-conceito. Nada é esquisito para elas, o diferente é novidade, até... o dia que deparam-se com a sociedade — no início, uma sociedade bem pequena: o grupo social familiar, o grupo social escolar... Tais grupos sociais que, inconscientemente, cheios de valores e crenças, de forma seletiva, segregadora, os enquadram como “criança/aluno” ou “criança/especial”.
É preciso repensar a escola e a fantasia que a sustenta. Já em 1927, Freud (1980, v.21, p.15), em seu artigo “O futuro de uma ilusão”, afirmava que: “Em geral as pessoas experimentam seu presente de forma ingênua, por assim dizer, sem serem capazes de fazer uma estimativa sobre o seu conteúdo; têm primeiro de se colocar a certa distancia dele: isto é, o presente tem de se tornar o passado para que possa produzir pontos de observação a partir dos quais elas julguem o futuro.”
(Cecília Santos, 2007)
Educadores e pesquisadores de todo lado vêm buscando formas de trabalhar crianças com Necessidades Educativas Especiais nas escolas regulares. As escolas regulares, formadas à anos e anos atrás por educadores e pesquisadores, não estão preparadas para aceitar “crianças/alunos/especiais”. Falo “crianças/alunos/especiais”, pois penso que são substantivos bem diferentes. Alunos podem ter todas as idades: crianças, adolescentes, adultos e até idosos; mas nem todas as crianças podem estudar em escola regulares. Para estudar nas escolas regulares devem ser “alunos”. Sim! Alunos - indivíduos, pequenos ou grandes, mas que têm facilidade de desenvolver-se no sistema educacional criado e padronizado para obter sucesso escolar. Os professores, por sua vez, não podem receber as “crianças/especiais”, ou seja, crianças com N.E.E., pois fazem parte do mesmo sistema educacional dos educadores e pesquisadores que sistematizaram e padronizaram o ensino para as pessoas ditas “normais” e conservam tal atitude.
As “crianças/alunos” podem freqüentar as escolas; já as “crianças/especiais” devem freqüentar outro espaço, feito só para elas, com recursos especiais, chamadas “escolas especiais” ou “para especiais”. “Crianças/especiais” não podem freqüentar a escola para “crianças/alunos”. As “crianças/especiais” são crianças com Necessidades Educativas Especiais, assim, precisam de um espaço com recursos educativos especiais certo? Não! Errado! Todo esse jogo de palavras acima, servem apenas, para exemplificar que conceituar faz com que as pessoas e as coisas fiquem enquadradas num padrão sistemático e sem flexibilidade. Hoje as crianças são classificadas e rotuladas, “normais”, “especiais”, “autistas”, “deficientes mentais”, “físicos” ou “emocionais”. Deixaram de ser apenas “crianças”. Crianças, seres curiosos que estão sempre observando ou manuseando algo para perceber e para sentir o ambiente; explorando o desconhecido, perguntando, vibrando com descobertas e ações, sentindo as frustrações e alívios... Crianças, vivenciando o meio, interagindo, desenvolvendo suas habilidades, conhecendo as suas limitações... Simplesmente crianças. Que, curiosas, aprendem, não fazem diferença de pessoas, não têm pré-conceito. Nada é esquisito para elas, o diferente é novidade, até... o dia que deparam-se com a sociedade — no início, uma sociedade bem pequena: o grupo social familiar, o grupo social escolar... Tais grupos sociais que, inconscientemente, cheios de valores e crenças, de forma seletiva, segregadora, os enquadram como “criança/aluno” ou “criança/especial”.
É preciso repensar a escola e a fantasia que a sustenta. Já em 1927, Freud (1980, v.21, p.15), em seu artigo “O futuro de uma ilusão”, afirmava que: “Em geral as pessoas experimentam seu presente de forma ingênua, por assim dizer, sem serem capazes de fazer uma estimativa sobre o seu conteúdo; têm primeiro de se colocar a certa distancia dele: isto é, o presente tem de se tornar o passado para que possa produzir pontos de observação a partir dos quais elas julguem o futuro.”
(Cecília Santos, 2007)
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